quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Exposição de Figuinos FAAP

Exposição : Christian Lacroix – Trajes de Cena
Direção Artística: Christian Lacroix
Curadoria : Delphine Pinasa, diretora Adjunta do CNCS
Cenografia : Michel Albertini
De 24 de agosto a 1º de novembro de 2009.
Local : Museu de Arte Brasileira – MAB
Rua Alagoas, 903
Higienopolis
São Paulo – Brasil
Horários :
De terça a sexta, das 10h00 às 20h00
Sábados, domingos e feriados, das 13h00 às 18h00
Entrada Gratuita
 Christian Lacroix
Nascido em Arles, na França, em 1951, Christian Lacroix costurou estilos e referências de diversas épocas, revirando todas as regras já estabelecidas pela evolução da moda. Criou coleções desconcertantes nas quais predominam o luxo, a fantasia e, principalmente, toda sua audácia.
Há mais de vinte anos, antes mesmo de criar a sua Maison de costura, o estilista trabalha com uma paixão constante nas coxias dos teatros e em seus ateliês de costura. Conjuga a ciência da técnica da alta costura, o savoir-faire artesanal, truques e astúcias do palco, o respeito pelas obras e a sensibilidade pessoal dos atores. Ele gosta de evocar seus primeiros passos na costura, já que desde jovem, ao voltar do teatro, reinterpretava os trajes que havia visto em cena.
Em 2008, ele realizou o sonho de ser curador de museus, quando ficou à frente de duas exposições em comemoração aos 20 anos de sua maison. A primeira foi “Christian Lacroix, Histoires de Mode”, realizada no Musée dês Arts Décoratifs, em Paris. A segunda mostra “Christian Lacroix -Trajes de Cena”, idealizado para o CNCS, acontece a partir de agosto de 2009, no Museu de Arte Brasileira da FAAP. O requinte da alta costura de Lacroix já esteve presente na FAAP em 1997, quando ele apresentou as suas coleções em um desfile e uma exposição
Exposição
Com curadoria de Delphine Pinasa, a mostra reúne aproximadamente 100 figurinos e 60 desenhos originais, criados pelo estilista francês, que já percorreram os principais teatros mundiais, vestindo atores e atrizes em produções de ballet, peças de teatro e óperas. Estão expostos, também, croquis, extratos de vídeos, entre outros.
Ballet: Les Anges Ternis (1987), Arsa y Toma (1996), Sherazade (2001), A Valsa dos Bom-bons (1998), Zoopsie Comédie (1986), Você a viu? (1991), C’est La Vie (1990), Second Skin (1988).
Teatro: Os Caprichos de Mariana (1994), Otelo (1995), Fedra (1995), A Floresta dos Corações Sombrios (2003), Chantecler (1986),.
Ópera: Cinderela (1986), Carmen (1989), Il Re Pastore (2003), Heliogabalo (2004), A Mulher sem Sombra (2005), Cosi Fan Tutte (2006), Actéon (2001), Dido e Enéias (2001), Les Arts Florissants (2004), Romeu e Julieta (2008).
Vitrines
SHERAZADE – vitrine 1
Produção exibida: coreografia Bianca Li, cenário Thierry Leproust, figurinos Christian Lacroix, iluminação Jacques Chatelet. Ópera Nacional de Paris, Palais Garnier, 2001.
Esta produção permanece no repertório do Balé da Ópera.
Composta em 1888 por Nikolaï Rimski-Korsakov, “Sherazade” é originalmente uma suíte sinfônica inspirada nas “Mil e uma noites”. Em 1910, Serge Diaghilev, diretor dos Ballets Russos, extrai da partitura um balé, coreografia de Michel Fokine, cenário e figurino de Léon Bakst, criado para a Ópera de Paris em 1910.
O Sultão surpreende sua esposa nos braços de outro e ordena sua execução. Desiludido com o amor, todos os dias tem novas noivas, a quem manda matar ao amanhecer para assegurar a fidelidade. Passado um tempo, quase não se encontram mais donzelas disponíveis. Para terminar com as execuções, Sherazade, filha do Vizir, se oferece como esposa e, sabendo que seria executada na manhã seguinte ao matrimônio, começa a contar-lhe estórias que interrompe na alvorada, deixando o Sultão curioso, com a promessa de terminá-la na noite seguinte.
Repertório Ópera Nacional de Paris
COSI FAN TUTTE – vitrine 2
Produção exibida: direção Vincent Boussard, cenário Vincent Lemaire, figurinos Christian Lacroix, iluminação Alain Poisson. Bruxelas, Teatro de La Monnaie, 2006. Produção dos trajes pelo ateliê de costura do Teatro de La Monnaie, sob a direção de Régine Becker.
Ópera-bufa em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, libreto de Lorenzo da Ponte, criado no Burgtheater de Viena, em 1790. Guglielmo e Ferrando apostam com um velho e cínico filósofo, Dom Alfonso, que suas noivas Fiordiligi e Dorabella lhe seriam sempre fiéis. Dom Alfonso conspira com a criada Despina, que apresenta novos candidatos às damas – supostos “Albaneses”, que são na verdade Guglielmo e Ferrando disfarçados.
Falsas aparências, falsos juramentos, lágrimas e arrependimentos. O jogo é cruel, mas tem um final feliz e conveniente.
Coleção Teatro de La Monnaie, Bruxelas
Il re pastore
Produção exibida: direção e cenário Vincent Boussard, figurinos Christian Lacroix, iluminação Alain Poisson. Bruxelas, Teatro de La Monnaie, 2003. Produção dos trajes pelo ateliê de costura do Teatro de La Monnaie, sob a direção de Régine Becker.
Dramma per musica em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, libreto de Pietro Metastasio. A ópera foi apresentada pela primeira vez em Salzburg em 1775 por ocasião da visita do arquiduque Maximiliano Francisco, filho mais novo da imperatriz Maria Teresa da Áustria.
Alexandre, o Grande quer devolver o trono de Sidon ao pastor Aminta, legítimo herdeiro. Aminta prefere o amor de sua bela Elisa a ter o poder ao lado de outra esposa. Alexandre se inclinará perante sua determinação, e o pastor obterá os dois.
Coleção Teatro de La Monnaie, Bruxelas
ESPANHA – vitrine 3
Carmem

Produção exibida: direção Antoine Bourseiller, direção musical Rico Saccani, cenário e figurinos Christian Lacroix. Nîmes, Arenas, 1989.
Música de Georges Bizet, libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy baseado numa estória de Prosper Mérimée, criada na Ópera Cômica de Paris, em 1875.
Ópera-cômica em quarto atos, “Carmem” é uma das óperas mais populares e mais representadas no mundo. A estória se passa em Sevilha, na Espanha, em 1830. Todos os ingredientes de sucesso estão reunidos: melodias e ritmos, história de amor passional, uma mulher livre, a bela cigana Carmem, um toureiro sedutor, Escamillo, o ciúme de um homem apaixonado que foi desprezado, o soldado Dom José que deixou tudo por esta infiel, a morte...
Esta produção marca a primeira participação de Christian Lacroix em uma obra lírica. A maioria dos trajes foi realizada a partir de tecidos e de elementos de roupas comprados em fardos, e reunidos posteriormente.
Coleção Museu Vieux Nîmes
Arsa y toma
Coreografia Cristina Hoyos, música Paco Arriaga, cenário Daniel Bianco, figurinos Christian Lacroix, iluminação Paco Doniz. Ópera de Avignon e do Pays du Vaucluse, 1996.
Balé flamenco coreografado por uma das mais célebres atrizes, dançarina e coreógrafa de flamenco da Espanha, “Arsa y toma” retraça a história do flamenco desde seu início, por volta dos anos 1950, quando era apenas entretenimento para turistas, e a sua evolução para uma arte completa como a conhecemos hoje. O espetáculo é dividido em quatro partes, misturando danças tradicionais, dança espanhola clássica e balé moderno. Por meio de paródias e caricaturas, Hoyos debocha do flamenco impuro e mostra o verdadeiro flamenco, numa tentativa de recuperar a dignidade e a paixão dessa dança, missão que abraça desde 1990.
“A pedido de Cristina Hoyos, trabalhei o primeiro quadro de maneira um pouco caricata, como um cartão-postal da época franquista, ornado com pequenos babados de tecido...” Christian Lacroix
HELIOGÁBALO – vitrine 4
Produção exibida: direção Vincent Boussard, cenário Vincent Lemaire, figurinos Christian Lacroix, iluminação Alain Poisson. Bruxelas, Teatro de La Monnaie, 2004. Produção dos trajes executada pelo ateliê de costura do Teatro de La Monnaie sob a direção de Régine Becker.
Drama per musica em três atos, música de Francesco Cavalli, libreto anônimo completado por Aurélio Aureli. Esta ópera foi encomendada em 1667 pelo cardeal em homenagem ao casamento de Luís XIV em Paris, e estreou durante a temporada de Carnaval de 1668. Entretanto, foi encerrada após algumas poucas apresentações. Acredita-se que a estória, ou mesmo a música, foram a razão do cancelamento das apresentações. Aureli escreveu um novo texto e contratou outro compositor, e a ópera foi então reapresentada.
O livreto evoca a história de um dos mais imorais imperadores romanos, Heliogábalo. Tirano e corrupto, grande amante das mulheres, usa da sedução e da violência para conquistá-las. Ele nomeia um senado de mulheres do qual fará seu harém. Acaba caindo e sendo assassinado.
Como esta obra nunca tinha sido interpretada antes, o trabalho sobre os figurinos foi bastante livre, notadamente no que diz respeito às referências históricas da Roma antiga.
Coleção Teatro de La Monnaie, Bruxelas
FEDRA – vitrine 5
Produção exibida: direção Anne Delbée, cenário Jean-Pierre Regnault, figurinos Christian Lacroix. Paris, Comédie-Française, 1995. Produção dos trajes pelo ateliê de costura da Comédie-Française sob a direção de Renato Bianchi.
Peça de Jean Racine em cinco atos escrita em versos alexandrinos, criada em 1677 no Hôtel de Bourgogne, “Fedra” é até hoje a tragédia clássica por excelência, inspirada nos poetas gregos e romanos e nas mitologias antigas.
Fedra, descendente do Sol, queima com um amor culpado por seu enteado, o jovem Hipólito. Quando fica sabendo da morte de seu marido Teseu, Fedra se deixa tomar por sua paixão, mas o jovem, apaixonado por Arícia, a repele com horror. Teseu reaparece, a notícia era falsa. Enone, confidente de Fedra, para salvar sua senhora, convence o rei de que Hipólito tentou seduzir Fedra. Em sua ira, Teseu bane o filho e invoca o rei Netuno para ajudá-lo em sua vingança. Hipólito luta com um monstro saído das ondas do mar e acaba morto. Fedra, culpada e vítima de sua paixão, ingere veneno e, agonizante, confessa seu crime a Teseu.
Christian Lacroix recebeu seu primeiro prêmio Molière de melhor figurinista pelos trajes de “Fedra”.
Coleção Comédie-Française
LES ARTS FLORISSANTS – vitrine 6
Actéon
Produção exibida: direção Vincent Boussard, figurino Christian Lacroix, direção musical William Christie. Paris, Teatro des Champs Elysées, 2001.
Pastoral em música de Marc-Antoine Charpentier. Libreto anônimo segundo “As metamorfoses” de Ovídio, livro III, obra criada em cerca de 1680.
Em uma clareira, por ocasião de uma caça, Actéon acidentalmente descobre Diana, a deusa da caça, e suas ninfas banhando-se. Tenta se esconder, mas foi descoberto. Ele foi então transformado em cervo pela deusa furiosa. Os cães de Actéon, não o reconhecendo mais, o devoram.
Dido e Eneias
Produção exibida: direção musical William Christie, direção Vincent Boussard, figurino Christian Lacroix. Paris, Teatro des Champs Elysées, 2001.
Ópera em três atos de Henry Purcell, libreto de Nahum Tate segundo o livro IV da “Eneida” de Virgílio. Criado em 1689 e apresentado na Boarding School for Girls, em Chelsea.
A rainha de Cartago Dido e o herói troiano Eneias ardem de amor um pelo outro. As Fúrias destroem seu idílio – elas convidam Eneias a seguir seu destino. Ele deixa Cartago em direção a Roma. Quando o navio de Eneias se distancia, desesperada, Dido se mata.
Coleção Les Arts Florissants
Les Arts Florissants – A descida de Orfeu ao inferno
Produção exibida: orquestra Arts Florissants, direção musical e cravo William Christie, direção Vincent Boussard, figurinos Christian Lacroix. Paris, Cidade da Música, 2004.
Duas óperas de câmara de Marc-Antoine Charpentier, escritas para Mademoiselle de Guise nos anos 1680, foram apresentadas por ocasião do tricentésimo aniversário de falecimento de Charpentier, e vigésimo quinto aniversário da companhia Les Arts Florissants.
Em “Les Arts Florissants” (1685-1686), ópera de câmara em cinco atos, libreto de autor francês desconhecido, Charpentier celebra a grandeza de Luís XIV. A estória é sobre a Arte, pela interpretação de quatro personagens alegóricos: a Música, a Pintura, a Poesia e a Arquitetura, que floresce sob o pacífico e benéfico reino de Luís XIV. A Arte e um grupo de Guerreiros são pegos na disputa entre os personagens centrais Paz e Discórdia. Após breve luta, em que a Discórdia e suas Fúrias ganham o controle, a Paz apela a Júpiter para intervir a seu favor. Discórdia e seus seguidores são rechaçados de volta ao inferno por uma saraivada de raios, a Paz prevalece mais uma vez.
Esta ópera curta deu seu nome ao grupo criado por William Christie.
Em “A descida de Orfeu ao inferno” (1686-1687), ópera de câmara em dois atos, Orfeu celebra seu casamento com Eurídice. Eurídice e suas ninfas colhem flores, quando ela é mordida por uma cobra e morre. Orfeu chora pela morte de sua esposa. Para trazê-la de volta ao mundo dos vivos, desce ao inferno. Ele canta, e sua música encantadora faz dormir o terrível Cérbero. Assim consegue com o soberano do inferno que sua amada o acompanhe, com a condição de que ele não olhe para ela antes de terem saído do reino dos mortos. Orfeu cede à tentação, se vira para olhá-la e perde Eurídice para sempre.
A mulher sem sombra
Produção exibida: direção musical Kazushi Ono, direção Matthew Jocelyn, cenário Alain Lagarde, figurino Christian Lacroix, iluminação Roberto Venturi. Bruxelas, Teatro de La Monnaie, 2005.
Ópera em três atos de Richard Strauss, libreto de Hugo von Hofmannsthal, criada para a Ópera de Viena em 1919.
A Imperatriz era filha de fadas, mas ao se casar com o Imperador perde seus poderes mágicos, perde sua sombra e não pode ter filhos. O pai da Imperatriz, Rei do mundo espiritual, exige que ela ganhe uma sombra antes do fim da décima segunda lua, caso contrário voltará ao mundo espiritual e o Imperador se transformará em pedra. Dois mundos se confrontam, o dos humanos, com o tintureiro Barak e sua esposa, e o dos espíritos, com seu Rei e a Babá. Um percurso de iniciação cheio de provas aguarda os protagonistas. A humanidade e o bem triunfam, acompanhados pelas vozes das crianças que nascerão.
Coleção Teatro de La Monnaie, Bruxelas
OTELO – vitrine 7
Produção exibida: adaptação e direção Anne Delbée, cenário Jean-Pierre Regnault, figurino Christian Lacroix. Paris, Teatro 14 – Jean-Marie Serreau, 1995.
Peça de William Shakespeare apresentada pela primeira vez no Whitehall Palace de Londres, em 1604.
Otelo, general mouro a serviço da República de Veneza, casou-se com a bela Desdêmona. Iago, um de seus oficiais, assistiu com raiva e inveja a nomeação de seu rival Cássio como lugar-tenente. Para se vingar de suas ambições frustradas, ele faz Otelo acreditar que Cássio é amante de Desdêmona. Louco de raiva, Otelo mata sua inocente esposa.
A maioria dos trajes foi confeccionada a partir de roupas recuperadas, compradas em mercados da pulga londrinos ou em sobras militares. Os dois trajes femininos foram fabricados em um ateliê especializado.
A floresta dos corações sombrios
Peça de Jean-Frédéric Vernier, direção Nicolas Lormeau, cenografia Pascal Monteil e Christian Lacroix, figurinos Christian Lacroix, iluminação Pierre Peyronnet, música Bertrand Maillot. Enghien-les-Bains, Centre des Arts, 2003.
Coleção particular - Porteiro da noite
Telefilme de Philippe de Broca, figurinos Christian Lacroix para Sabine Azéma. Coprodução SFP, produção Ellipse, programa França 3, 1996.
Telefilme de Philippe de Broca, tem o roteiro adaptado de uma peça de Sacha Guitry, narrando a história de uma mulher sustentada por um homem mais velho e rodeada de admiradores. Um pintor a seduz. A vida a três se organiza bem, mas, por ciúmes, a empregada perturba a felicidade.
Coleção particular - A VALSA DOS TUTUS
Les Anges ternis
Música Charlie Mingus, coreografia Karole Armitage, figurinos Christian Lacroix. Criação mundial Ópera de Paris, Palais Garnier, 1987.
Trajes criados pelo ateliê de Denise Fougerolle, Paris.
Coleção Opéra-Comique - Os caprichos de Mariana
Produção exibida: direção Lambert Wilson, cenário Jean-Vincent Puzos, figurinos Christian Lacroix, iluminação François Austerlitz. Paris, Teatro Bouffes du Nord, 1994.
Peça de Alfred de Musset, lançada na “La Revue des Deux Mondes” em 1833. Escrita na época do romantismo por um autor de vinte e dois anos, o texto foi adaptado para a cena, que foi proibida pela censura. Foi produzida pela primeira vez na Comédie-Française em 1851.
A história se passa em Nápoles: Célio é um jovem que tenta desesperadamente conquistar Mariana, mulher casada e fiel a seu marido, Cláudio. Célio apela a seu amigo Otávio, um libertino, primo de Cláudio. Pouco a pouco, enquanto recusa o amor de Célio, Mariana se afeiçoa a Otávio. Por capricho, ela marca um encontro com ele, em que anuncia a decisão de ter um amante, e lhe confessa indiretamente seu amor. Cláudio, desconfiado e com ciúmes, contrata espadachins para matar o amante assim que ele se aproximar. Otávio não aparece, Célio morre em seu lugar. Desesperado, Otávio deixa Mariana com o coração partido.
Nesta produção, Lambert Wilson situou a ação em Nápoles, nos anos 1950-60, na época de “La Dolce Vita”.
Coleção do Centro Nacional dos Trajes de Cena – CNCS e de Christian Lacroix
Second Skin
Coreografia de Michael O’Rourke, figurinos Christian Lacroix. Teatro 14, Paris, 1988.
Pas de deux criado para os Primeiros Bailarinos da Ópera de Paris, Wilfride Piollet e Jean Guizerix.
balé “Les Anges ternis” foi encomendado por Rudolph Nureyev para a Ópera Nacional de Paris. Karole Armitage levanta questões sobre a herança da dança clássica neste balé. Situado na fronteira entre o balé acadêmico e a dança contemporânea, ele é uma combinação de três pontos de vistas para a pesquisa e a liberdade: coreógrafo, cenógrafo e figurinista.
CNCS/Coleção Ópera Nacional de Paris - A valsa dos bombons
Célebre valsa de Johann Strauss, é a música de um balé criado, como se faz a cada ano, para um programa de televisão austríaco. Ele foi gravado em lugares de prestígio por ocasião do Ano Novo de 1998.
Coleção Maison Lambert Hofer, Viena
Cinderela
Adaptação francesa François Sauvageot, direção e coreografia Richard Cáceres, cenografia Claude Maury. Apresentado na Opéra-Comique, Paris, 1986.
Ópera de Peter Maxwell Davies, música e libreto de Peter Maxwell Davis, “Cinderela” é para uma audiência jovem. Criada na Inglaterra em 1980, é uma releitura do conhecido conto de fadas. A heroína é uma jovem maltratada pela intragável mãe de três pestinhas (interpretados por meninos). Ela é salva pelo gato da casa, que a leva ao baile. O resto da ópera segue a estória clássica.
Coleção do Centro Nacional do Traje de Cena – CNCS e da Ópera Nacional de Paris
Zoopsie Comedi
Revista musical e coreografia das companhias Lolita e Beau Geste, cenário Arnaud Sauer, figurinos Christian Lacroix e Sylvie Skinazi. Bataclan, 1986.
Neste musical dos anos 1980, um mágico louco procurando pelo amor ideal cria em seu laboratório um mundo de ilusão que aos poucos toma conta dele. Uma série de quadros regidos apenas pelo ritmo, entretenimento e imagens. Nova York, Paris, Tóquio, El Salvador, a grande escadaria, pirâmides, uma enorme Josephine Baker com plumas e strass. Em “Zoopsie Comedi” não falta nada.
Coleção Companhia Beau Geste
Você a viu?
Música Jean-Michel Damase, texto Patrice Thomere, direção Olivier Benezech, cenografia Alain Lagarde, coreografia Pierre Georges Lambert. Apresentado no Teatro da Opéra-Comique, Paris, 1991.
Trajes feitos pelo ateliê Caraco Canezou, sob a direção de Claudine Lachaud.
Em um teatro, no fim da Primeira Guerra Mundial, o diretor de uma revista fora de moda, especializada em entretenimento, noticia que todas as músicas da última moda estão encontrando lugar nesse teatro – jazz e charleston, blues e foxtrote. No final, toda a companhia abraça os novos estilos e confraternizam na grande escadaria.
Coleção do Centro Nacional do Traje de Cena – CNCS e de Christian Lacroix
C’est la vie
Revista dirigida por Alfredo Arias, coreografia de Molly Molloy, figurino de Christian Lacroix.
Organizado para o evento de lançamento do perfume “C’est la vie” de Christian Lacroix na Opéra-Comique, Paris, 1990.
Uma mistura de fantasia e alegria, o transitório e o tradicional, humor e heroísmo que evoca o vermelho e o dourado mágico do show. “C’est la vie” é um perfume e um estado de espírito. Mas esta noite é também uma revista excepcional. Um show espetacular inspirado no amor pela vida. Para uma única apresentação, ele juntou os mais diversos talentos. De um astro da dança a um mímico desconhecido, de músicas de rua a valsas de Viena, de cabarés de Berlim ao imortal tango argentino. Poses, loucura, talento, comédia, virtuosismo, absurdo, mistério... eles compõem o sal da existência. O perfume da Vida!” Christian Lacroix
Chantecler
Peça de Edmond Rostand, adaptação e direção Jean-Luc Tardieu, cenografia Jean-Denis Malclès, Maison de la Culture de Loire-Atlantique, Nantes, 1986.
Edmond Rostand, dramaturgo e poeta, criou esta peça em quatro atos após o enorme sucesso de “Cyrano de Bergerac”. Chantecler, o galo do galinheiro, está convencido de que é seu canto que faz o sol nascer. Amor não correspondido e outras desventuras o trazem de volta à realidade. Nesta peça alegórica, nenhum humano aparece em cena, apenas os animais.
Esta foi a primeira encomenda de trajes feita para Christian Lacroix.
Coleção Maison de la Culture de Loire-Atlantique
Romeu e Julieta
Ópera de Pascal Dusapin, libreto de Olivier Cadiot, direção de Ludovic Lagarde. Opéra-Comique, Paris, 2008.
criada em 1989 para o Festival de Montpellier em comemoração ao bicentenário da Revolução Francesa, esta ópera é bem distante da famosa estória de amor original, focando no relacionamento dos personagens principais e no peso de suas condições sociais. Uma manhã bem cedo, Julieta acorda Romeu, que dorme debaixo de uma árvore, e lhe diz que está na hora de começar uma revolução. Pegos no tumulto, eles brigam e lutam, exigindo seus direitos, a liberdade de falar, de pensar e de amar, bravos com a vida. Pascal Dusapin, o compositor, revolucionou a ópera e criou drama não entre os personagens, mas entre texto e música.

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