domingo, 26 de julho de 2009

Colecionador reúne 3500 frascos de perfume

Das homenagens aos deuses egípcios aos belíssimos frascos de vidro atuais, o perfume passou por diversas civilizações.
Os gregos o usava nos banhos. Espanhóis e portugueses também conheceram os encantos das fragrâncias depois que conseguiram atravessar o outro lado do mundo e chegar à Índia.
Os frascos antes feitos em barro e porcelana ganharam novas formas com o passar do tempo. As melhores fragrâncias estiveram até em recipientes de cristal. No início do século passado, na cidade de Paris, a união entre
perfumistas e grandes nomes da vidraria, entre eles, Lalique e Baccarat, permitiu que os vidros se tornassem verdadeiras obras de arte.
Tempos depois,
o nº 5 de Coco Chanel era vendido como se fosse uma joia. Assim como na época de Chanel, hoje o sucesso de um perfume ainda é definido pelo design de sua embalagem, sendo o frasco uma abstração a todo glamour em volta da essência.
Há uma infinidade de marcas e aromas, a maioria elaborada com folhas, flores, raízes, talos, frutos ou especiarias. E também muitos apaixonados não só pelas essências, mas também pelos frascos.
Um deles é Alysson Camacho Gonçalves, proprietário de um Antiquário, em São Paulo, na Rua da Consolação. Sempre interessado pela história dos perfumes e atrás de antiguidades para abastecer a sua loja, ele chegou a garimpar mais de 3500 peças, entre frascos, caixas de pó-de-arroz, batons e embalagens de produtos de higiene bucal, tudo em leilões de arte e antiquários pelo mundo.
“São mais de 25 anos de paixão pelos frascos. Coleciono mais antigos, do início do século passado, em formatos variados, de bichos, geométricos ou repletos de desenhos. Para mim, o perfume é especial, ele traz à nossa memória bons momentos, de prazer e alegria, um universo que nos faz sair da realidade”, comenta.
Na coleção que nem cabe em sua casa, um objeto é especial: uma réplica de 1910 de um rímel do Egito, além das primeiras caixinhas de creme dental, em pó. “Essas são de 1880, quando os japoneses usavam as primeiras escovas de pêlo e bambu com pó para escovar os dentes”.
Entre tantas histórias de colecionador, uma delas chama a atenção. Alysson se apaixonou por uma tampa do perfume Lalique, de 1908, que comprou em um brechó no Uruguai. Tempos depois, ele conseguiu o frasco em uma feira de antiguidades, em São Paulo. “Foi o meu maior achado, por isso é um dos favoritos da minha coleção”. Assim como todo bom colecionador, Alysson é incansável. Atualmente, o seu objeto de desejo é um vidro Christian Dior, de 1956, em formato de cachorrinho.
Considerada uma das mais completas no país, a coleção de Alysson foi convidada a fazer parte da mostra “OUI, BRASIL”, dentro da programação do Ano na França no Brasil. Junto com esculturas, vestidos, telas e fotografia, os vidros do colecionador estão expostos no MuBE - Museu Brasileiro da Escultura, até o dia 06 de Agosto.


MUBE - Museu Brasileiro da Escultura
Avenida Europa, 218 - Jd. Europa - São Paulo - SP.
Por Juliana Lopes - site Terra



Profissão: Perfumista

Os frascos de perfume carregam muito mais que aquele cheiro preferido.
Eles sintetizam desejos e personalidades desde o início das civilizações, quando eram usados como instrumento de contato com o divino, pelos egípcios. Hoje, as fragrâncias dentro de cada vidro têm uma história que começa muito antes do primeiro toque com a
pele.


Para entender como um perfume é produzido é preciso, antes de tudo, saber que há um verdadeiro exército envolvido na criação do conceito que se quer ter por trás (ou dentro) do vidro. Apenas depois desses conceitos bem definidos é que os perfumistas começam a trabalhar.“Essa conceituação vai dizer se o perfume é masculino ou feminino, para o público jovem ou adulto, se deve ser para usar de dia ou de noite”, explica o perfumista Napoleão Bastos Jr., da casa da IFF Essências e Fragrâncias, uma das multinacionais que tem a
Napoleão é perfumista há 35 anos e a profissão aconteceu para ele quase que naturalmente. O pai era dono de uma fábrica de sabonetes numa época em que por lá mesmo eram feitas as composições. E ele sempre se encantou com a sala onde eram produzidos os cheiros. “Tive contato com a matéria-prima muito cedo. Me formei em engenharia química e sempre trabalhei com perfumes”. Hoje, com perfumista sênior da IFF, ele tem em seu laboratório cerca de 3 mil matérias-primas diferentes, divididas entre saída, corpo e fluído - as três partes ou notas que compõem um perfume.
As notas de fundo são a base da composição e tem maior poder de fixação. Já as de corpo (ou coração) são mais gentis e tem menor duração. As de saída (cabeça) é aquela que da o cheiro que se sente assim que se abre o frasco.
“As saídas podem ser cítricas ou de frutas. O corpo pode ser floral, de rosas ou jasmim, por exemplo. Já o fundo é amadeirado, musk, cacau”, explica. Manipulando tudo isso, e partir da conceituação, um perfume pode levar até seis meses para ficar pronto.
Napoleão acha que a produção nacional de perfumes em nada perde para a internacional. E explica o porquê da opinião: “são os mesmos perfumistas que criam, com a mesma carta de matéria-prima”. Segundo ele, o enfoque dado é que diferencia. “Na Natura, por exemplo, há a intenção de traduzir o jeitinho brasileirão, a beleza da mulher, o charme. Isso não se encontra em fragrâncias importadas”, fala.

Não existe uma escola para formar um perfumista e a maioria se especializa mesmo nas grandes casas de perfumaria. Napoleão conhece uma escola, nos arredores de Paris, que oferece um curso que dá as noções. A formação em engenharia química ou farmácia também dá noções para quem quer seguir nessa área. E o mercado de trabalho? Se você tem vontade de trabalhar como perfumista, pode procurar empresas de cosméticos em geral e claro, a indústria de perfumes. “Mas em tudo que há cheiro tem um perfumista envolvido”. Cheio de sensibilidade - e com a criatividade na ponta do nariz - Napoleão ajuda a criar os cheiros preferidos de muita gente! Uma delícia de trabalho.
Natura como cliente. O desafio do perfumista, segundo ele, é criar algo olfativo que traduza os conceitos definidos pelo cliente. “Feito isso, o sucesso do produto é quase certo”, diz.

Por Sabrina Passos (MBPress) - site: Terra

3 comentários:

  1. Tive a oportunidade de conhecer esse colecionador Gaucho Alisson Camacho, visitei a loja dele no jardins em são Paulo, fiquei impressionado com a riqueza e variadade de peças de diversas épocas. Me espantei tambem com tamanha cultura desse rapaz.
    Parabens pela matéria.

    Guilherme de Queiroz
    Abraço

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    Respostas
    1. Algúem sabe como entro em contato com o Alysson Camacho Gonçalves, pois preciso saber se ele tem o Perfume Hoje da Natura, quero usar no dia do meu casamento, pois esse perfume eu usava no dia em que conheci minha noiva, e ela sempre fala dele. Se algúem puder me ajudar favor entrar em contato.

      brunogodoes@yahoo.com.br
      Wathsapp: (61)8142-0525

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  2. Algúem sabe como entro em contato com o Alysson Camacho Gonçalves, pois preciso saber se ele tem o Perfume Hoje da Natura, quero usar no dia do meu casamento, pois esse perfume eu usava no dia em que conheci minha noiva, e ela sempre fala dele. Se algúem puder me ajudar favor entrar em contato.

    brunogodoes@yahoo.com.br
    Wathsapp: (61)8142-0525

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