sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Editoras apostam em novos autores

Olha que legal, após a publicação desse artigo a Paula deixou esse recado la nos comentarios e eu resolvi colocar aqui no post, confira!

O agBook, da AlphaGraphics, publica livros sob demanda de forma fácil e totalmente gratuita. Para publicar, basta acessar www.agbook.com.br e efetuar seu cadastro. O principal objetivo do agbook é apoiar novos escritores brasileiros e ainda oferecer todas as técnicas para que o autor não somente publique o seu livro como também o promova de maneira eficiente. Falar com Paula email: pbaiadori@alphagraphics.com.br

Você sonha em publicar um livro, mas não sabe por onde começar? Já bateu na porta de várias editoras com sua obra e só recebeu "nãos" como resposta? Não desista ainda de sua carreira literária.
Há várias editoras que estão de portas abertas para novos autores. Pelo menos quatro delas estão expondo seus trabalhos na 21ª Bienal do Livro de São Paulo, que vai até o próximo domingo (22).

 A Multifoco, do Rio de Janeiro, surgiu em 2007. Já publicou cerca de 400 títulos, tem contrato com 600 autores e vendeu por volta de 40 mil exemplares desde a fundação.

Segundo Leonardo Simmer, fundador e diretor geral da companhia, a editora trabalha guiada pelo conceito da "cauda longa", desenvolvida por Chris Anderson, editor-chefe da revista "Wired", em um livro de mesmo nome. Em linhas gerais, Anderson defende a ideia de que a economia está sofrendo uma mudança e o foco da produção estaria sendo transferida dos produtos de massa para mercados de nichos.
Para Simmer, o diferencial da empresa é trabalhar como uma editora tradicional, mas imprimir os livros sob demanda, conforme o volume de vendas. Assim, a empresa não precisa investir altas quantias para formar um estoque. Mas, enquanto uma editora grande procura poucos títulos que possam vender muito, a Multifoco aposta em uma quantidade grande de obras, mesmo que cada uma delas não venda o mesmo que um livro de uma editora tradicional. "Nossa proposta é viabilizar a publicação para as pessoas que não encontram espaço no mercado", diz Simmer.

A Multifoco não cobra nenhum tipo de taxa inicial de seus autores. Caso o livro submetido para publicação seja aprovado, a editora o imprime e distribui sem custo para o escritor. A tiragem inicial varia, pode ser de 50 a 1.000 exemplares. O autor recebe uma parcela dos direitos autorais, variando entre 5% a 15%, e chegando a 20% se ele mesmo se encarregar das vendas.

A Usina de Letras, também do Rio, é outra editora que abre as portas para autores iniciantes. Com dois anos de existência, já publicou cerca de 100 títulos de 80 autores. A empresa começou há 10 anos, como um site onde escritores publicavam suas obras. Quem quiser entrar para seu portfólio deve enviar um original impresso e desembolsar R$ 1.000 para cobrir os custos de um parecer produzido por um profissional terceirizado pela editora. Esse especialista vai avaliar se a editora deve ou não publicar o livro e pode dar sugestões de melhoria para a obra.

Uma vez aprovado o livro, há duas formas de produção. Se a editora acreditar que a obra tem um grande potencial de vendas, ou se o autor já for um veterano da casa, a empresa pode bancar os custos de editoração e impressão e pagar ao escritor 10% sobre o lucro com as vendas.

Dependendo do caso, a editora pode sugerir um co-investimento (cada lado financia metade dos custos, com uma divisão igual do saldo líquido de vendas), ou o autor pode ter que bancar o custo total, sendo que daí ele fica com 100% do lucro. Imprimir uma tiragem de 1.000 exemplares, de um livro de cerca de 160 páginas, por exemplo, sai por volta de R$ 9.000.
Além dos iniciantes, a editora conta hoje com autores profissionais, como Felipe Pena, que está lançando na Bienal "Seu Adolfo", a biografia do empresário da imprensa e da televisão brasileira Adolpho Bloch. Também tem em seu portfólio o premiado jornalista português José Rodrigues Santos, autor de "A Última Entrevista de José Saramago".

Para Tomaz Adour, editor-chefe da Usina de Letras, o critério mais importante para a editora aprovar uma publicação é o comprometimento do autor. "Queremos pessoas que desejem seguir a carreira de escritor, que levem o trabalho a sério", diz.

A Editorama, de São Paulo, funciona há dois anos e tem mais de 150 títulos publicados, com 20 mil exemplares vendidos no período. O autor banca a produção de seus livros e o lucro é 100% revertido a ele. Os pacotes de serviço incluem revisão, registro e design gráfico. Caso seja feita uma reedição, a editora custeia a produção e repassa 20% do lucro ao escritor.

A editora não trabalha com tiragem mínima, mas a média gira em torno de 200 a 500 exemplares. Uma tiragem de 200 livros, de cerca de 120 páginas, fica por volta de R$ 5.200. Segundo Mariana Volpi, sócia da Editorama, em breve a empresa vai oferecer também a publicações de e-books no site da editora. Os preços estão sob consulta.

A publicitária e professora de literatura Cristiane Amorim, 35 anos, encontrou nesse nicho o caminho para produzir obras de universos completamente diferentes. Em maio deste ano, a carioca publicou, pela Multifoco, sua dissertação de mestrado em literatura brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro: "Faces da morte na prosa brasileira". Agora, durante a Bienal, ela lança seu segundo livro: "Manual amoroso da neurótica", que assina com o pseudônimo Luanna Luna e reúne 150 frases clichês que os homens costumam dizer - e que as mulheres detestam. "Pesquisei outras editoras, mas o custo era muito alto, cerca de R$ 15.000 para imprimir 1.000 exemplares."

O brasiliense Bruno Graciano, 26 anos, publicou em maio seu primeiro livro, "O melhor da pior parte", que reúne poemas e contos em prosa. Graciano, escreve desde os 13, e, quando percebeu que já havia produzido bastante material, resolveu publicar. O autor desembolsou R$ 10.000 para produzir 2.000 exemplares de seu livro. Calcula que já vendeu cerca de 1.400, o suficiente para cobrir os gastos com a produção.

Como optou por vender seu livro por conta própria, aproveita todos os momentos para fazer um "corpo a corpo" com possíveis leitores: em ônibus, no metrô, no aeroporto e em bares. "Tem que ter perseverança, por que ninguém te conhece. Tem que participar de eventos e conversar com as pessoas", diz. Graciano já trabalhou como vendedor e monitor de transporte escolar, mas hoje se dedica integralmente à literatura.

Se você quiser fazer como Cristiane e Bruno, ainda dá tempo de ir à Bienal conhecer essas editoras.

Contatos:
  • Multifoco - E-mail: publique@editoramultifoco.com.br / Telefone: (21) 2222-3034
  • Usina das Letras - Para submeter um livro para aprovação é necessário enviar um original impresso para o seguinte endereço: Rua Conde de Irajá, 90, Rio de Janeiro, CEP 22271-020 / E-mail: editora@usinadeletras.com.br / Telefone: (21) 2539-7909
  • Editorama - E-mail:editor@editorama.com.br / Telefone: (11) 3704-7314
    Consulte também:
    • Singular - E-mail: singular@editorasingular.com.br / Telefone: (11) 3862-1242

    21ª Bienal do Livro de São Paulo
    De 13 a 22 de agosto - Das 10h às 22h
    Dia 22, das 10h às 20h, com entrada até às 18h

    Ingressos:
    Público geral: R$ 10
    Estudantes: R$ 5

    Professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos ou crianças com até 12 anos, mediante apresentação de documento comprobatório: entrada gratuita

    Mais informações: www.bienaldolivrosp.com.br
    Qui, 19 Ago, 11h35
    Por Juliana Tiraboschi, da Redação Yahoo! Brasil


5 comentários:

  1. Olá,
    O agBook, da AlphaGraphics, publica livros sob demanda de forma fácil e totalmente gratuita. Para publicar, basta acessar www.agbook.com.br e efetuar seu cadastro.
    O principal objetivo do agbook é apoiar novos escritores brasileiros e ainda oferecer todas as técnicas para que o autor não somente publique o seu livro como também o promova de maneira eficiente.
    Coloco meus contatos à disposição para qualquer dúvida pbaiadori@alphagraphics.com.br
    Abraços.

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  2. OBrigada Paula...
    será de grande ajuda.
    bjs

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  3. Amo escrever desde criança, e para nós, que usamos os dons ou potenciais que temos; sabemos o quanto é importante nos realizarmos naquilo que fazemos, não só profissionalmente, mas, também como pessoas; essa busca da "invencionática", esse "desfazimento das coisas"; que nos são passados desde criança, dando nome aos objetos, a natureza, às pessoas... Enfim, de tudo que nos rodeiam. A "invencionática e o desfazimento das coisas" de Manoel de Barros, é que nos fazem eternas crianças em busca de nossos sonhos. Adorei o blog, são pequenas atitudes como estas, que nos fazem ver o quanto é importante à motivação, sob todos os âmbitos. Entre as editoras apresentadas, gostei bastante da Multifoco, pois, é uma empresa que valoriza não só a quantidade, mas, também, e principalmente, a qualidade dos serviços oferecidos por esta. Quero deixar uma pequena contribuição para o blog, e para todos os leitores, escritores, amantes da leitura e escrita em geral, o texto se chama, Quartel de Formigas.

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  4. Quartel de Formigas

    No meu quintal há um quartel de areia esplendoroso, onde moram formigas soldados, que acordam todos os dias ao nascer do sol, e formam grandes fileiras para cumprirem seu exercício físico e mental, cotidianamente. O dia parece pequeno para elas, mas o seu canto é após a colheita, depois de um trabalho árduo, que enfrentam dia após dia, esperando o inverno; pois, para elas o tempo ao seu redor não tem limites, nem obstáculos que não possam ser superados; carregam em suas costas folhas secas, insetos, restos de comida, e até mesmo de animais em decomposição; coisas repugnantes e nojentas aos olhos humanos, porém, não se esquecem de adoçar a vida com o néctar das flores, ou simplesmente, do açúcar caído no chão da cozinha, pois, basta apenas uma gota sequer, para que elas façam à festa. Na sua árdua tarefa, elas se submetem a muitos perigos: são espezinhadas, esmagadas, queimadas, e até mesmo envenenadas, porém, nunca desistem; corajosas que são, perdem a batalha, mas, não a guerra. Então elas voltam ao laboro sem desanimar... E reconstroem sua fortaleza... Seu quartel onipotente de areia jamais será destruído, pois, as formigas soldados estarão sempre unidas e a postos para lutar... Isso as torna invencíveis em seu quartel de areia... Que mais uma vez ressurge ao nascer de um novo dia; deixando-nos uma grande lição, mesmo depois de mortas: Formigas só criam asas, se tiverem autonomia para voar, e é através de seu trabalho que elas conseguem essa liberdade; assim, deveria ser nós, jamais parar pelo caminho, por mais dura que seja a tarefa, ou a realidade da vida: “Ame-a sempre, seja lá onde for ou como for”.

    Gilnea Pereira


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